O mais completo e atualizado diagnóstico ambiental do ecossistema da baía da Babitonga deve ser concluído nos próximos dias e publicado até o fim do ano na revista científica Biodiversidade e Conservação Marinha. O documento foi produzido por cerca de 50 pesquisadores e começou a ser construído durante os debates do projeto Babitonga Ativa (www.babitongaativa.com.br).
O trabalho será uma das bases que irão fundamentar o trabalho do Grupo Pró-Babitonga (GPB), um fórum formado por 26 entidades e instituições que representam os segmentos público, socioeconômico e socioambiental dos seis municípios do entorno da baía Babitonga. O grupo que nasceu de ações promovidas pelo projeto Babitonga Ativa, também será oficializado, por meio da criação de seu estatuto, no mês de outubro.
Segundo o coordenador executivo do projeto, Fabiano Grecco de Carvalho, o diagnóstico faz uma revisão geral de toda a literatura científica disponível sobre os aspectos ecológicos da região da baía. “O diagnóstico vai permitir, por exemplo, que órgãos públicos e gestores das três esferas de governo tenham acesso a informações precisas, atualizadas e detalhadas de todo o ecossistema”, diz o biólogo.
Os estudos analisados reúnem a produção científica das últimas décadas e abrangem, além da baía propriamente dita, a influência das bacias hidrográficas da região, a vida nas áreas costeiras, a fauna e a flora.
O ecossistema Babitonga se destaca por realizar diversos serviços ambientais, sendo um um importante local favorável à reprodução, crescimento e alimentação para diversas espécies. Todas as espécies encontradas e que dependem da baía estão mapeadas no estudo.
O diagnóstico reúne uma análise colaborativa de centenas de artigos científicos, dissertações acadêmicas, teses de doutorado, relatórios técnicos e outras publicações sobre o ecossistema Babitonga.
O produto final corresponde a 22 artigos científicos que serão publicados em uma edição especial da revista Biodiversidade e Conservação Marinha, do Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (CEPSul), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Mais informações podem ser obtidas com o biólogo Fabiano Grecco de Carvalho, pelo telefone 3444-4628 ou por email: babitonga.ativa@gmail.com.
Texto do jornalista Leandro Junges, assessor de comunicação do Grupo Pró-Babitonga