Em uma iniciativa pioneira e única em Santa Catarina, acadêmicos dos seis cursos da área da saúde da Univille participam de atividades práticas conjuntas em Unidades Básicas Saúde (UBS) do SUS de Joinville desde o início da formação, em disciplina curricular presente em todos os cursos e com parceria da Secretaria Municipal de Saúde. Somente três universidades brasileiras proporcionam este tipo de aprendizado.
Ao final do semestre, os alunos de Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Odontologia e Psicologia compartilham em um seminário suas experiências no contato direto com a comunidade através de atividades em vários bairros da cidade. No ano que vem, o curso de Naturologia vai se juntar ao grupo.
Neste ano, o Seminário de Práticas Interprofissionais em Saúde (PIS-PET) foi realizado no dia 28 de junho. Nas abordagens interativas, temas variados como sexualidade, depressão e dengue foram apresentados como forma de orientação à população por meio de atividades esportivas e lúdicas.
Seminário contribui para a troca de experiência e para o aprendizado dos acadêmicos
“Além da importância de conhecer a realidade das comunidades, e até propor soluções, a experiência desmistifica o que imaginavam ser o Sistema Único de Saúde. O SUS é uma joia conquistada pela sociedade brasileira e devemos lutar pelo seu aperfeiçoamento”, enfatizou no seminário o vice-reitor Alexandre Cidral, que também é psicólogo. Segundo o professor de Farmácia Luciano Soares, há muitos relatos de alunos impressionados com a organização e o funcionamento das unidades de saúde.
A experiência quebra outros tabus. “Eu temia preconceito com a educação física ao trabalhar com estudantes de medicina no postinho. Mas, pelo contrário, minhas sugestões foram ouvidas e bem aceitas. Também me surpreendi com as crianças atendidas, de 6 a 10 anos de um bairro da periferia. Elas eram muito inteligentes! Trabalhamos com elas a cultura da paz e a dengue por meio de dinâmicas, com basquete, amarelinha”, relata a estudante Eduarda Eugenia Dias de Jesus, de 21 anos, acadêmica de Educação Física.
Para a estudante de Medicina Jociane Barboza, de 27 anos, ir a campo desde o início do curso é um diferencial da Univille que elogia sempre. “Aqui temos várias oportunidades de desenvolver habilidades lidando com as comunidades, alinhando-se com outras especialidades da saúde. Isso é muito importante para a nossa formação. O médico não trabalha sozinho”, enfatiza.