A professora Yoná da Silva Dalonso, pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da Univille, fará a abertura oficial do IX Encontro Regional do Observatório de Direito à Alimentação para a América Latina e Caribe, evento promovido pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que ocorrerá de 2 e 5 de setembro em Antígua, na Guatemala. A Univille representa o Brasil no evento.
O Observatório do Direito à Alimentação da América Latina e do Caribe (ODA-ALC) é uma rede acadêmica multidisciplinar composta atualmente por mais de 70 universidades de 17 países da região. Yoná Dalonso ocupa atualmente uma cadeira na Secretaria Técnica do Observatório.
Formado em 2011 pela FAO, por meio do Projeto de Apoio à Iniciativa da Fome para a América Latina e o Caribe 2025 (IALCSH), o Observatório tem como objetivo fortalecer o conhecimento e as habilidades meio de um diálogo multidisciplinar e intersetorial em torno da pesquisa no setor. “Entre suas principais ações está a realização de uma chamada anual para pesquisa sobre o Direito Humano à Alimentação e uma reunião regional por ano, na qual delegados das diferentes universidades membro compartilham conhecimento e coordenam ações para destacar o caminho da erradicação da fome e da desnutrição na América Latina e Caribe”, explica a professora.
A região mantém desafios importantes para alcançar a Agenda 2030, e especialmente seu Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (ODS 2). O mais recente Panorama de Segurança Alimentar e Nutricional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) mostrou que 257,5 milhões de habitantes da América Latina e do Caribe vivem com sobrepeso e 104,7 milhões com obesidade, enquanto 39,3 milhões de pessoas estão com fome na região.
Além da coexistência de desnutrição e desnutrição por excesso, o “Atlas de migração nos países da América Central do Norte” da FAO e CEPAL indica um aumento da migração do Triângulo Norte da América Central, especialmente em suas áreas rurais, que está intimamente relacionado à insegurança alimentar, crises climáticas, falta de oportunidades econômicas em aldeias e territórios rurais, entre outros fatores.
“Por meio das frentes parlamentares contra a fome na América Latina e no Caribe (FPH-ALC), foi alcançado um desenvolvimento regulatório significativo para enfrentar esses desafios, mas é necessário monitorar e monitorar as leis e projetos de lei promovidos pela FPH ALC, buscando garantir que eles efetivamente tenham um impacto nos territórios e grupos populacionais mais vulneráveis da região. Diante deste desafio, a academia desempenha um papel fundamental por meio de aconselhamento, pesquisa, vinculação e educação no direito à alimentação e segurança alimentar, enfatizou Yoná Dalonso.
O ODA-ALC tem apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), pelo Programa Mesoamérica sem Fome, e pela Agência Mexicana de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AMEXCID).