Os alimentos produzidos no mundo seriam suficientes para alimentar toda a população o Planeta, mas as perdas e o desperdício na distribuição e no consumo condenam milhões de pessoas a passar fome. Um número que pode chegar a 67 milhões só na América Latina e Caribe em 2030, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura para América Latina e Caribe (FAORLC), que luta pela busca de soluções e mudança dos padrões de consumo para reverter a questão. A previsão foi apresentada ontem durante encontro virtual pela FAO Nicarágua para apresentar experiências da região nesse esforço. A Univille representou o Brasil no encontro.
A convidada foi a Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da Univille, Yoná Dalonso, que é representante da Secretaria Técnica do Observatório do Direito à Alimentação da América Latina e do Caribe (ODA-LAC).
Yoná mostrou análise do tratamento brasileiro dado à questão (não há políticas públicas centradas no tema no País) e destacou estudo recente feito em Joinville, além de projetos desenvolvidos pela Universidade. Um deles é o bem-sucedido projeto de extensão universitária Sabor de Sobra, que há 12 anos dissemina em Joinville a ideia de práticas sustentáveis e conscientes de consumo alimentar por meio de oficinas gratuitas para a comunidade e já teve 2,5 mil participantes. O outro projeto, Prato Consciente, incentiva a redução de desperdício e práticas de alimentação saudável em restaurantes e 14 escolas públicas da cidade.
Joinville foi pioneira no Brasil na aprovação de lei que permite a estabelecimentos a doação de alimentos não consumidos, aprovada em abril deste ano.