A Univille promoveu um bate-papo no dia 28/04 com professores e gestores de educação em comemoração ao Dia Mundial da Educação. A conversa durou mais de uma hora e trouxe uma reflexão sobre os desafios e o futuro da educação e dos espaços escolares. Professores e profissionais que atuam na Universidade acompanharam uma troca de ideias, principalmente em um momento tão delicado pelo qual a sociedade atravessa nos últimos meses.
A mediadora, professora Jane Voigt do Mestrado em Educação Univille, iniciou a rodada de conversa enfatizando a importância do papel do professor, como responsável pelo processo de ensino e aprendizagem, seja em espaços físicos (as escolas) ou nos espaços virtuais. “O professor precisa de boas condições de trabalho, ele precisa de formação continuada, precisa ser valorizado e ter reconhecimento social”, destacou. A professora destacou a importância dos espaços virtuais nos ambientes educacionais e como isso servirá de instrumento de modificação de sujeitos e culturas, além de transformar a educação.
O reitor da Univille, professor Alexandre Cidral, compartilhou que o humanismo deve ser defendido na construção dos projetos educacionais em seus diversos níveis, onde haja o entendimento de que as pessoas têm capacidade, potencialidades e que elas possam se superar em prol de uma comunidade. “Eu entendo que o nosso projeto precisa ser coletivo e as escolas dão uma lição para diversas instituições de ensino superior a este respeito, pois elas são o grande ponto de referência para comunidades e famílias”, enfatizou. O reitor também explicou que essa relação construída deve ser valorizada e defendida por todos.
A educação durante a pandemia
A realidade também modificou a forma de crianças e adolescentes frequentarem suas aulas. Os espaços físicos das escolas foram substituídos pelo espaço on-line. Representando a gestão municipal de educação, a professora Sônia Fachini destacou que o professor é e sempre será o propulsor do conhecimento. Os professores da rede municipal, segundo a secretária de educação, participaram da confecção dos materiais online e físicos que foram entregues aos alunos. Além disso, os professores também foram preparados para lidar com uma nova maneira de encontrar alunos no dia a dia. Ainda destacou que, mesmo em uma situação excepcional como a pandemia, todas as ações são feitas para que a escola e professores continuem sendo referência.
O professor Alcinei Cabral, supervisor de ensino da coordenação regional de educação, contribui com os participantes os problemas de estrutura neste momento de isolamento. Muitas famílias não têm acesso ao computador, celular e outros dispositivos para acompanharem os conteúdos disponibilizados. Segundo dados do Governo de Santa Catarina, 42% dos alunos não têm computador e 18% sem acesso à internet. Alcinei enfatizou que a sociedade vive uma excepcionalidade e que a educação básica se faz com o ensino presencial. Assim, seguindo a determinação da Secretaria de Educação, as notas e avaliações foram suspensas neste momento para que a escola ofereça o máximo de conteúdo aos seus alunos. “A escolarização, neste momento, não pode ser um peso, um desgaste, não pode contribuir para adoecer a família. Tem que contribuir para aliviar e avançar”, finalizou.
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