A corrida da população em busca de medicamentos que estão em fase de testes para o combate à Covid-19 acendeu o alerta. A automedicação representa riscos à saúde e, por enquanto, a únicas formas de prevenção são práticas de higiene e isolamento social. Além disso, ainda não há estudos científicos sobre a eficácia desses remédios para o tratamento da doença. Para tirar dúvidas da comunidade, o projeto de extensão da Univille Riscos da Automedicação, que atende gratuitamente a população, colocou um novo serviço à disposição.
O serviço funciona através do aplicativo whatsapp pelo telefone (47) 9 8477 6373. O atendimento é feito pelos professores Luiz Wiese, coordenador do projeto, e Eduardo Manoel Pereira, que contam com a ajuda de um grupo de acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Medicina para elaborar as respostas. Dúvidas sobre imunidade e interação entre medicamentos são algumas dúvidas já manifestadas pelas pessoas que fizeram contato, segundo o professor Luiz Wiese.
A principal preocupação é com os idosos, que têm baixa imunidade e são mais suscetíveis ao agravamento da Covid-19 em caso de contágio. Os riscos da automedicação nesse grupo são ainda maiores, enfatiza o professor. “Uma pesquisa do projeto apontou que o público idoso em Joinville costuma tomar de cinco a 10 medicamentos por conta de problemas de saúde. Com automedicação, aumenta o risco de interação medicamentosa e pode ocorrer diminuição da capacidade de resposta de alguns órgãos como os rins, além do agravamento das doenças”, alerta.