O Reitor da Univille, professor Alexandre Cidral, participa, com reitores de Universidades e diretores de Instituições de Ensino Superior de Santa Catarina de uma missão técnica internacional no Japão e Singapura. A missão internacional faz parte de um edital divulgado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina - Fapesc.
O objetivo da participação da Univille nesta missão é pela possibilidade de parcerias com as instituições visitadas, que são referências em ciência, inovação e tecnologia e que, por meio de suas boas práticas, podem contribuir em diversas áreas do conhecimento como saúde, engenharias, tecnologia da informação, comunicação, entre outras. Com as parcerias firmadas, a univille pode intensificar sua identidade internacional e, com isso, fortalecer também o ecossistema regional em todas as áreas relacionadas.
Nesta semana, a comitiva segue a programação da viagem em Singapura para novas visitas em universidades e outras instituições. Acompanhe um resumo, produzido pelo Reitor da Univille, de como foram as visitas na última semana no Japão:
Dia 1 - 14/11/2022
Visita a Tokyo University of Technology TUT - Campus Hachiochi
Uma oportunidade de obter informações sobre a estrutura organizacional e acadêmica da instituição para identificar oportunidades de cooperação no âmbito da pesquisa científica e tecnológica, além da mobilidade de docentes e estudantes com oportunidades de internacionalização curricular.
Pela manhã, o Presidente da Universidade e o Responsável pela internacionalização apresentaram a instituição que tem por missão “Cultivar Pessoas de talento que contribuirão para melhorias na qualidade de vida, o progresso da tecnologia e para uma sociedade sustentável”. Nos chamou a atenção as explicações sobre o sistema educacional japonês, em especial as possibilidades de trilha formativa na educação superior. Observa-se uma missão institucional alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), algo que Univille compartilha com a Instituição japonesa visitada. A UTT é uma Universidade privada, observando-se que 77% das instituições japonesas são privadas.
A tarde foi realizada uma rodada de apresentações com exposição dialogada sobre a organização acadêmica da Tokyo University of Technology que tem 6 Undergraduate Schools (equivalente as graduações brasileiras): Engineering, Computer Science, Média Science, Bioscience/Biotechnology, Design e Health Sciences. Cada uma destas Schools é organizada em Departamento e oferece programas de bacharelado.
Na School of Engineering destaca-se uma formação que tem como características a “Sustainable Engineering”, a “Cooperative Education” e a “Global Engineering Education”, aspectos que dialogam com a proposta formativa em Engenharia da Univille e de outras IES catarinenses.
Na School of Computer Science há 2 programas: “Artificial Intelligence” e “Advanced Informatics”. A formação em computação inicia pela aprendizagem de programação de computadores usando a linguagem Python e os estudos são baseados em 2 pilares: “Common Core Subject” e “Exercises e training” por meio da Aprendizagem Baseada em Projetos. Além disso, há ênfase em aprendizagem por meio de desafios em nível crescente, incentivando o estudante de graduação a pesquisar de forma integrada com estudantes de Pós-Graduação, permitindo que os estudantes completem a graduação e a pós-graduação em 5 anos. Este modelo de formação em Ciência da Computação pode ser uma importante iniciativa a ser adotada no Brasil para atender a crescente demanda por profissionais qualificados nesta área. Na Univille, onde dispomos do Bacharelado em Engenharia de Software, Bacharelado em Sistemas de Informação, Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Especialização em Ciência de Dados, podemos ter oportunidades de mobilidade estudantil e de docentes para fortalecimento da formação em computação ofertada pela Univille.
Na School of Mídia Science há os cursos de graduação em Media Content, Media Technology e Social Media. É a primeira School criada no Japão (fez 20 anos em 2019) que se dedica ao estudo sistemático das mídias. Caracteriza-se por assegurar que os estudantes aprendam as tecnologias de mídia básicas para aplicar a novos caminhos e possibilidades, abrir os horizontes dos estudantes por meio de atividades fora do Campus e que permitam a eles entender a sociedade e a era atual em uma forma compreensiva, desenvolver habilidades práticas e expertise por meio de “Project Exercices” que os auxiliem a adquirir conhecimento avançado e informação sobre tecnologia, habilidades para comunicação, trabalho em equipe e etc.
Na School of Bioscience and Biotechnology há o programa de Bioscience e Pharmaceutical Science e de Food and Cosmetic Science. A formação oferecida se caracteriza pela relação com a indústria e articula teórico-prática, o apoio para os estudantes desenvolverem diversas qualificações, uma infraestrutura que inclui o Bio-nanotechnology Center. Observa-se que a indústria de cosméticos japonesa é referência mundial e a UTT inovou ao criar o curso de Cosmetic Science. Por fim, se destacam nos dois programas o objetivo de desenvolver nos estudantes conhecimento e habilidades de alto nível necessárias em duas áreas importantes atualmente e no futuro.
A School of Design oferece o Visual Design Program e o Industrial Design Program. O estudo do design na UTT trabalha a sensibilidade e o exercício de habilidades por meio de seminários básicos e de projetos. A perspectiva é criar projetos que respondam a inovação tecnológica da nova era incluindo Tecnologias da Informação e Comunicação. Um destaque que nos chamou a atenção foi a ênfase em projetos que estejam alinhados a temas da sustentabilidade socioambiental.
Na School of Health Sciences há os departamentos de reabilitação, enfermagem e engenharia clínica. Os cursos se destacam por um foco no suporte a lifelong learning por meio de recursos de comunicação, colaboração e computação. As atividades práticas são realizadas em laboratório do campus que são iguais aos hospitais empregando simuladores e outras ferramentas. O conceito é o equivalente às equipes interprofissionais da educação em saúde no Brasil, tendo como um dos aspectos centrais a preparação dos estudantes para atuarem em “team medição care”.
Além das Schools a UTT tem um Department of Liberal Arts que responde pelas disciplinas das humanidades para desenvolver nos estudantes ao logo de toda a sua vida acadêmica as “Human Ability”. A formação humanística é considerada fundamental e inclui temas de ciências sociais e humanidades, habilidades sociais básicas, Wellness, línguas estrangeiras e temas de ciências naturais, matemática e informação incluindo habilidades de computação básicas e aplicações de matemática e Data Science. A UTT tem parcerias em países dos 5 continentes e tem estudantes de outros países em seus campi e cursos.
No campo da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação a UTT tem o Katayanagi Advanced Research Institute que trabalha a colaboração entre indústria-academia-governo por meio de projetos desenvolvidos por 4 centros: Bio-nanotechnology Center, Computer Science Research, Content Technology Center e the Center for Cerâmica Matrix Composites. As pesquisas desenvolvidas nos centros contam com participação de estudantes e são coordenadas por professores que anualmente precisam buscar recursos para desenvolver as pesquisas, por isso a importância da relação com empresas e com o governo.
Ainda no período da tarde, visitamos as instalações da UTT. A visita foi bastante produtiva e a recepção mostrou a hospitalidade e consideração da UTT pelas nossas Universidades.
Dia 2 - 15/11/2022
Visita Embaixada do Brasil em Tóquio
Fomos recebidos pelo Embaixador do Brasil no Japão, Sr. Octávio Henrique Dias Garcia Côrtes. O Embaixador destacou que a Missão Japão-Singapura de Reitores e Dirigentes de IES catarinenses foi a primeira a ser recebida presencialmente do pós-pandemia, fato que trazia muita satisfação para todos os integrantes daquela embaixada. O Embaixador destacou ainda o histórico de relações bilaterais de cooperação entre o Brasil e o Japão e a importância da visita de nossa delegação ao país para o estabelecimento de contatos iniciais que poderão se concretizar em projetos de importância para os dois países. Explicou o momento atual do Japão que está decidido a recuperar seu posicionamento no contexto internacional em termos econômicos. Fez considerações ainda sobre o cenário internacional em que as questões políticas entre China e EUA, a guerra entre Rússia e Ucrânia e os recentes episódios de lançamentos de mísseis pela Coreia do Norte têm causado instabilidade política e econômica, que tem preocupado tanto o Brasil quanto o Japão. Por outro lado, destacou as iniciativas dos japoneses no campo educacional e industrial com foco no fortalecimento do país e, dentro deste contexto, a abertura do Governo do Japão para o estreitamento de parcerias governamentais e institucionais com outros países, dentre eles o Brasil. O Embaixador reiterou a disponibilidade da equipe da Embaixada Brasileira em oferecer suporte diplomático ao Governo de Santa Catarina e as IES catarinenses para o estabelecimento de ações de colaboração com os japoneses. Por fim, desejou a todos uma excelente visita ao Japão.
Tivemos a oportunidade de participar da palestra do Sr. Guilherme Gondin Paulo, Chefe do Setor de CT&I e Cooperação da Embaixada do Brasil no Japão. O Sr. Guilherme é catarinense, egresso da UFSC, e expressou sua satisfação em receber a missão catarinense.
A palestra foi intitulada “Panorama da Ciência e Tecnologia no Japão” e teve como objetivo apresentar dados e informações sobre o momento atual em termos de ciência e tecnologia japoneses. Além de caracterizar os interesses eleitos pelo Governo Japonês e a estrutura e organização geral de órgãos de governo e institutos com os quais há interlocução no caso convênios, parcerias para o desenvolvimento e financiamento de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Guilherme iniciou apresentando um quadro geral da ciência no Japão, caracterizando o momento do ecossistema japonês como de transformação bem como as políticas de incentivo à inovação tecnológica, descreveu as áreas de destaque para o Japão e os ministérios, institutos e agências japoneses relacionados a pesquisa, desenvolvimento e inovação.
O Japão tem um importante histórico de conquistas e contribuições para o desenvolvimento científico e tecnológico, o marco são os 22 prêmios Nobel. Além disso, investe 3,5% do PIB em ciência e tecnologia (dados de 2020) e dispõe de um fundo para as Universidades desenvolverem pesquisas nacionais a nível internacional na ordem de US$ 129,4 bilhões. Há uma ascensão de iniciativas de pesquisa de Open Innovation visando adaptar estruturas industriais e sociais para aumento da competitividade japonesa.
Observa-se ainda um alinhamento de temas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. Aplicam o conceito de “Sociedade 5.0”, que alia o avanço de novas tecnologias (IoT, Big Data, AI e Machine Learning) ao desenvolvimento de aspectos sociais e relacionais, considerando que tecnologias não são suficientes para enfrentar os desafios nacionais e mundiais do século XXI.
O Japão instituiu o Cross Ministerial Strategic Innovation Promotion Program - SIP, um programa do Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo para promover a inovação científica e tecnológica numa perspectiva interministerial e multidisciplinar. A prioridade é para projetos que atendam necessidades sociais críticas e ofereçam vantagem competitiva à indústria e economia japonesas, incluindo desde a pesquisa básica até a aplicação prática e a comercialização de soluções em produtos e serviços.
Algumas áreas de destaque para investimento incluem a produção de supercomputadores, Inteligência Artificial, Tecnologia Quântica, robôs para auxílio humano (cyborg), direção autônoma, robôs para operação em ambientes críticos, realização da sociedade descarbonizada e sustentável, aumentar a resiliência a desapartes naturais de alto escopo.
A estrutura inclui o Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia - MEXT, o Ministério de Assuntos Internos e Comunicação - MIC, o Ministério de Estado para Políticas de Ciência e Tecnologia , o Instituto de Pesquisa Química e Física RIKEN, o Instituto Nacional de Ciências dos Materiais - NIMS, Instituto Nacional para Ciência Quântica e Tecnologia - QST, a Agência Aeroespacial do Japão - JAXA, o Instituto Nacional para Ciência da Terra e Resiliência a Desastres - NIED, o Instituto Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica - NISTEP, a Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência - JSPS, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada - AIST, a Organização de Desenvolvimento de Novas Energias e Tecnologias Industriais - NEDO, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação - NICT, Agência de Ciência e Tecnologia do Japão - JST, Agência do Japão para Pesquisa e Desenvolvimento na Área Médica - AMED, Agência de Cooperação Internacional do Japão - JICA.
Destaque foi dado a 2 programa. O Programa de Pesquisa Colaborativa Internacional Estratégica - SICORP/JST que tem uma abordagem top-down para promover pesquisa internacional cooperativa em acordos intergovernamentais. O Programa de Parceria de Pesquisa Científica e Tecnológica em Desenvolvimento Sustentável - SATREPS/JST que promove pesquisa conjunta com instituições estrangeiras priorizando projetos que propõem soluções em áreas como biotecnologia, biomassa, energia, agricultura, saúde, nanotecnologia, ciências marinhas, ciências espaciais, prevenção de desastres naturais, tecnologia da informação e comunicação.
No que diz respeito ao ecossistema de inovação empreendedorismo, em especial quanto ao número de startups, o Japão tem pouca tradição e está interessado em aumentar seus números nesta área. O Ministério da Revitalização Econômica tem feito ações para que haja no território japonês núcleos de fomento a criação de startups nas cidades de Tokyo, Nagoya, Kyoto e Fukuoka.
Guilherme destacou como áreas potenciais para cooperação de alto nível entre o Brasil e Japão: Tecnologia 5G/Pós 5G, 6G, área espacial, área dos oceanos, matérias avançados como grafeno e nióbio, empreendimentos estratégicos de base tecnologia - startups, Inteligência Artificial e IoT. A palestra foi encerrada com agradecimento à atenção de todos e reiterando que a Embaixada está à disposição para promover ações de aproximação entre o governo de Santa Catarina, as universidades catarinenses e as entidades japonesas de ciência, tecnologia e inovação.
A palestra “Associação de Pesquisadores Brasileiros no Japão” foi realizada pelo Victor Yamamoto. O objetivo foi apresentar dados e informações sobre a comunidade brasileira no Japão, em especial os brasileiros que vivem no Japão como estudantes e pesquisadores. O objetivo da Associação é promover o acolhimento e integração dos pesquisadores e conecta-los as atividades que a comunidade brasileira desenvolve no Japão.
Ao final das apresentações, pudemos realizar networking com as pessoas da embaixada e da associação com o intuito de apresentar as nossas instituições e estabelecer contato inicial para possíveis interlocutores futuras.
Dia 3 - 16/11/2022
Reunião no Ministério da Educação, da Cultura, dos Esportes, da Ciência e da Tecnologia
A missão foi recebida pela Professora Hasegawa Yutaka que atua no MEXT nas relações de cooperação entre as universidades e as empresas. O objetivo foi apresentar de que forma tem ocorrido esta relação no Japão em um momento em que o governo japonês está fomentando o movimento do empreendedorismo com o intuito de incrementar o número de startups no país, conforme já havia sido mencionado na embaixada.
A professora realizou uma apresentação intitulada “Establishing a Systemic Virtuous Cycle of Human Resources, Knowledge and Capital for zinnocation”. Inicialmente forem apresentados dados e informações sobre o status da colaboração entre indústria, universidade e governo considerando indicadores de recursos investidos em relação a número de projetos, número de patentes ao longo dos anos 2016 a 2020. Os dados dominaram um crescimento ao longo dos anos, mas ainda aquém do necessário para colocar o Japão entre as primeiras colocações no ranking de países mais inovadores e com maior número de startups.
A seguir, foram apresentadas diretrizes adotadas nas políticas nacionais japonesas para fomentariam maior cooperação entre indústria, universidades e governo com vistas a fortalecer o ecossistema de inovação e empreendedorismo japonês. A Japan Science and Technology Agency - JST está conduzindo dois programas para promover a Open Innovation no Japão. O Adaptable & Seamless Technology Transfer Program throug Target-Driven R&D - A-STEP oferece suporte ao processo de exploração da diversidade de tecnologias e busca pesquisadores que tragam para as empresas resultados de pesquisa no estado da arte com vistas carta aferir este conhecimento para as empresas construírem tecnologias de base e desenvolver aplicações práticas. O Newly Extended Technology Transfer Program - NexTEP utiliza fundos nacionais para dar suporte a empresas privadas que estejam trabalhando com aplicações práticas de larga escala a partir de resultados de pesquisas da universidade.
Em 2022, em um investimento de ¥13.8 bilhões, estão desenvolvendo plataformas para a colaboração entre indústria, universidades e governo. O Program On Open Innovation Plataform for Zindustry—Academia Co-Creation - COI-NEXT oferece suporte ao desenvolvimento de plataformas de open Innovation alinhadas aos ODS da ONU. Outra ação que ocorre desde 2013 é a implementação de um programasse criação de Centros de Inovação - COI em diferentes regiões do Japão. Estes Centros de Inovação estão em Universidades e vocacionadas por temas. Por exemplo, na Kyoto University o tema é Biotechnology para carbono zero. No material entregue na reunido há a identificação destes temas de cada centro de inovação e respectiva universidade. A seguir foram apresentados os indicadores e resultados do programa de centros de inovação em 2021.
A seguir foi apresentada a diretriz da política governamental que diz respeito a promoção da educação para o empreendedorismo ao longo de todo o sistema educacional japonês. Isto porque, na perspectiva do Ministério, é preciso fomentar a cultura empreendedora que caracteriza a nova economia, as novas gerações precisam desenvolver competências e habilidades empreendedoras, isto está conectado com a meta japonesa de aumentar o número de startups e passar a integrar as primeiras colocações no ranking internacional. Nesta lógica, o MEXT tem trabalhado no cultivo do empreendedorismo e na promoção da criação de startups nas universidades. No âmbito da promoção da criação de startups, estão investindo na constituição de um ecossistema de inovação e empreendedorismo deformamo-nos que seja capaz de competir mundialmente e também estão investindo no suporte abonequemos negócios desde a sua criação até o suporte a comercialização dos produtos e serviços.
Há diretrizes básicas que eles têm seguido para firmar este ecossistema de startups que incluem educação empreendedora, incubação e conexão global/internacionalização das startups. Neste sentido, estão constituídos consórcios regionais dentro do Japão, em que grupos de cidades trabalham em conjunto o fomento ao empreendedorismo dedurismo e a criação de startups: Startup Ecosystem Tokyo Consortium, Central Japan Startup Ecosystem Consortium, KANSAI Startup Ecosystem Consortium, Fukuoka Startup Consortium.
Por fim, apresentaram dados sobre o número de estudantes japoneses no Brasil e brasileiros no Japão e se colocaram a disposição para estreitarmos o diálogo na busca de temas de interesse no campo da cooperação dos ecossistemas de inovação e empreendedorismo.
Dia 4 - 17/11/2022 -
Visita Chukyo University
Fomos recebidos pelo Presidente da Chukyo University que fica na cidade de Nagoya. O Presidente destacou a história da universidade que é privada e foi fundada pelo avô inicialmente como uma escola de ensino médio e posteriormente na década de 1950 passou a oferecer cursos superiores. A Chukyo University se destaca pelo compromisso da educação aliada às ciências do esporte, tendo inclusive como alunos e ex alunos vários atletas olímpicos, alguns deles medalhistas. A universidade dispõe de cursos na área da saúde que estão associados também aos esportes.
Inicialmente visitamos o campus da cidade Nagoya em que pudemos conhecer a biblioteca com seu robô de gestão do acervo também outras instalações.
A seguir fomos a cidade de Toyota onde visitamos o outro campus da Chukyo University. O Campus Touro conta combatida uma estrutura esportiva incluindo pistas de atletismo. Ginásios, pista de patinação além de salas de aulas e laboratórios. Neste Campus funciona o Museu dos Esportes onde está organizada uma exposição sobre os jogos olímpicos de verão e os jogos olímpicos de inverno com destaque para os atletas olímpicos e paraolímpicos da Chukyo University. Também visitamos a pista de patinação no gelo onde assistimos atletas olímpicos treinando.
Dia 5 - 18/11/2022
Visita a altitonante University
A missão foi recebida pelo Dr. Osami Eda, Diretor da Society-Academia Collaboration for Inovation, criada pela Kyoto University com a finalidade de promover a colaboração entre sociedade-universidade-governo com vistas a desenvolver startups dentro das políticas e metas do Governo Japonês. O Diretor agradeceu a visita e a seguir passou para dois colaboradores que fizeram duas apresentações. Uma destas apresentações caracterizou o Kyoto University Model. A universidade passeou por uma reestruturação com vistas a atender as novas políticas, diretrizes e metas do Ministério da Educação e do Ministério de revitalização econômica. A Kyoto University é uma universidade nacional que recebe recursos governamentais e como as demais universidades desta categoria está atendem o movimento que vem ocorrendo no Japão para fortalecimento da economia do país incluindo os ecossistemas de inovação e empreendedorismo.
A seguir foi realizada uma apresentação sobre a SACi onde foram apresentados dados sobre os avanços alcançados no ecossistema de inovação e empreendedorismo da região de Kyoto. Um aspecto a destacar é o fico em criar startups de classe mundial e que possam atuar nos mercados norte americano, europeu e não apenas no mercado japonês. Outro aspecto observado foi a criação de empresas pela própria universidade nas áreas de transferência de tecnologia, consultoria/treinamento, incubação de empreendimentos. A Kyoto University e outras 2 universidades da região formam um dos consórcios citados na visita a JICA.
Por fim, tivemos a oportunidade de dialogarmos com o estudante brasileiro de doutorado em física na Kyoto University, Matheus Mello, que falou da sua experiência no Japão e compartilhou informações sobre o cotidiano acadêmico e pessoal de estudantes do exterior que vão para o Japão.